SONETO I-Atirar-me
POR DOUGLAS J. GONÇALVES COSTA
Vossas presas apunhalam-me carne.
Vós sentíeis a dor a ser sentida.
Matar-me com breve e só mordida.
O vosso medo tinha em atirar-me.
Mas soer já era em abocanhar-me.
O perene viver ao falecida.
Sentindo-se medo da vil partida.
Qual vosso medo que ao encurralar-me.
E quando dormes coragem acorda,
Quando acordas a coragem me foge.
Que, dia-a-dia me espia tanto quanto dorme.
Tenebroso medo qual tempo à corda,
A coragem que fora medo de hoje.
O medo dum dia mais aziago dorme.
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