sábado, 4 de julho de 2009

SONETO I-Atirar-me POR DOUGLAS COSTA




SONETO I-Atirar-me


POR DOUGLAS J. GONÇALVES COSTA



Vossas presas apunhalam-me carne.

Vós sentíeis a dor a ser sentida.

Matar-me com breve e só mordida.

O vosso medo tinha em atirar-me.

Mas soer já era em abocanhar-me.

O perene viver ao falecida.

Sentindo-se medo da vil partida.

Qual vosso medo que ao encurralar-me.

E quando dormes coragem acorda,

Quando acordas a coragem me foge.

Que, dia-a-dia me espia tanto quanto dorme.

Tenebroso medo qual tempo à corda,

A coragem que fora medo de hoje.

O medo dum dia mais aziago dorme.

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